roma al tramonto
De volta a esta cidade incrível.
Não tenho palavras adequadas para descrever a beleza do por do sol visto daqui. Por detrás dos pinheiros marítimos, mais esguios do que as casas e as ruínas com o peso de milhares de anos, agora vizinhas da modernidade.
Esta cidade tem algo de mágico, um místicismo perene, como na verdade, várias outras cidades italianas. Mas em Roma respira-se um ar mais denso. Há vida na quietude de cada tramonto. Aqui é fácil recordar que somos meros passageiros e que apesar de marcarmos a cidade com a nossa passagem, ela tem uma espécie de alma que transcende a nossa ação ou sequer compreensão.
Aqui é fácil sentir-me pequena e bem com isso. Que está tudo bem sem ter controlo sobre quase nada. Que há muito mais vida para além do que os meus olhos são capazes de ver. Nas pedras, nos sons, nas cores, no silêncio…
Volta para ti Rita. Está tudo bem. Podes voltar e apreciar o que te rodeia. Está aí para ti, para poderes desfrutar a cada momento. Não precisas de compreender, não há nada para resolver.
(Roma, algumas semanas atrás)